Quente como o tempo anda minha cabeça, queimando os neuronios como se fossem peixe pulando na fritura.
Quente os meus pensamentos que estão correndo uma maratona sem descanso...sem pausa e sem água dentro de mim.
Quente é meu esforço de me controlar, de agir com calma quando tudo em mim quer gritar.
No Metrô lotado tento me segurar...mas tá tão cheio que eu não preciso...no metro lotado eu não consigo pensar...as pessoas parecem estar dentro de mim.
Tão quente como os meus dias, como suas palavras ao meu redor...tão quente quanto esse mar de intrigas que não esfria o corpo e enche de pó.
Tão quente quanto a minha paciencia, quanto a minha irritabilidade...
Tão quente quanto meus sentimentos...
Tão quente quanto a verdade...
Há muito gente e eu estou só, há amizades sim há, mas eu permaneço só,
Tão quente quando a minha solidão...meu suor.
Tão quente quanto meu coração e meu grito.
Quente como o volume da minha voz...o silvo.
Quente.
E eu posso tocar...sim e eu posso sentir...é quase outro de mim..quase tão vivo como eu.
Tão tangível.
Quente como meu sangue é,
Quente como meu cansaço é,
Quente como o seu desprezo é,
Quente como o desapego é,
É tão meu sim.
É tão fel assim.
É tão larva é sim.
É tão fogo em mim.
Sim...quente como minha alma é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário