quinta-feira, 25 de novembro de 2010

COMUNICADO


Fomos programados para sermos limitados.

Somos reduzidos a todo e cada um de nossos probleminhas terrenos.

Passamos pelos anos sem sentir realmente o peso de cada um deles.

Viemos com pouco espaço no nosso HD de sentimentos.

Deus nos colocou a todos com processador Celeron, por que se tivesse nos dados um Core I3 ainda assim estariamos fazendo mal uso dele.

Passamos nosso tempo planejando, brigando amando, torturando, nos matando e brigando por todas as coisas inúteis que deixamos para trás no primeiro instante.

Afinal de contas, viemos para esse mundo sem trazer nem a roupa do corpo e sempre partimos dele sem levar bolsos ou malas.

O que os outros acham de mim, nunca pagou uma conta do meu cartão de crédito, nem fez nenhum depósito na minha conta bancária e nunca me deu um bom conselho.

Quem realmente guia meus passos e ouve minha voz é Deus.

Quem me consola na aflição e me livra dos perigos está acima de tudo e todos.

Quem sempre está de olho e conhece intimamente cada uma das minhas falhas está acima de todos.

Portanto somente ele que pode me julgar, me condenar e me absolver.

Sendo assim, a partir de hoje proclamo com satisfação que sou imensamente livre, livre da aprovação alheia, livre da fofoca e do julgamento terrestre.

Eu respondo somente ao meu criador.


Quem tiver algum tipo de pergunta, alguma reclamação a fazer, fale com ele e não comigo.


Estou fechada ao público, estou fazendo meu balanço.

Estou ajustando minhas contas.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eu toco...tudo cai.

Eu sou devastação.
Sou poluição.
Sou medo e erro.
Eu lamento.
Eu acredito e confio, eu desconfio e brigo.
Eu minto.
Eu não entendo.
Eu adoro dormir com a minha consciência pesada.
Eu adoro uma situação complicada.
É tudo que eu preciso para me sentir aqui.
Eu não aguento.
Meus olhos não enxergam, que névoa é essa que eu insisto em usar.
Eu sou um exemplo a não ser seguido.
Eu sou castigo.
Eu insisto em morar junto com a ilusão, eu insisto em me magoar diversas e inúmeras vezes.
Eu preciso de uma dor, assim como preciso de amor.
Assim como eu preciso de ar...para respirar.
Eu sou um enigma, eu sou o drama.
Eu sou a raiva.
Uma complicação.
Sou o inesperado.
Sou o imprevisto.
Eu sou a solidão.