sexta-feira, 16 de julho de 2010

Morre a ilusão.

Vivemos num balde das nossas verdades, aquelas verdades que usamos todos os dias para encarar o espelho.
Inundados, submersos.
E precisamos sempre seguir adiante.
Temos nossos rituais...temos todas as tradições e manias que nossa vida permeia para que possamos sobreviver.
Amamos da maneira que fomos ensinados a amar e odiamos da maneira que aprendemos a odiar.
Tudo é ensinado.
Tudo é ensaiado.
Lutamos todos os dias para ganhar dinheiro, para pagar nossas contas, para fazermos mais contas.
Saimos todos os dias de casa...esperando, orando, sonhando, comendo e vivendo.
Todos os dias...24 horas...48 horas...72 horas...
O tempo passa...as pessoas vem e vão, amizades construidas, amores desfeitos, novos encontros, novamente se apaixonando e deixando novamente de amar.
Esperando o marido, esperando um filho...esperando um novo dia nascer.
Esperando esquecer...
Casamento, divórcio e enterro.
Nascimento, Descobrimento, Esvaziamento.
Tudo morando no mesmo lugar.
Tudo pesando na gente...no fim do dia...com a cabeça no travesseiro.
Vivemos na bolha e de vez em quando essa bolha estoura...e podemos enxergar dentro daquilo que parecia que conheciamos...
Mas repare bem...é apenas uma realidade morta.
A mágoa, a tristeza, a frustação é a nossa necessidade de não aceitar isso..não aceitar que existem mentiras, que algumas pessoas realmente não gostam de você, que existe falsidade, falta de fé, deslealdade e dor.
Traição.
Tudo em pacotes pequenos, fáceis de carregar.
Não estamos preparados para a dor...apenas precisamos passar por ela.
Ela é nossa professora, ela quer nos ensinar.
Somos todos seres rasos...precisamos da palmatória.
Precisamos estudar mais.

Para finalmente ir no enterro da ilusão.

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